segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Amo-te...

Acho engraçada a maneira como tudo acontece:
nada se prevê, nada se tece,
nas nuvens aqui no céu do medo,
onde o futuro ainda é um segredo.
Mal te vi a chegar
e quando olhei com atenção
já cá estavas para me abraçar,
tornado-te rapidamente na minha perdição.

A cada dia que passa,
é cada vez mais difícil estar sem ti.
Não interessa o que eu faça,
quero que estejas aqui.

Perco-me nos teus cabelos misteriosos,
resgatas-me com um beijo profundo...
Afundo-me nesses olhos minuciosos,
que fazem parar o meu Mundo.
Passo os dedos pela tua bochecha
e admiro-te enquanto falas.
Sim, fico parva, presa, assim seja!
Até o Silêncio conversa sobre ti quando te calas.

A tua voz entranha-se em mim,
Arrepia-me e faz-me sonhar.
É tão bom estar assim,
Parece que te consegui alcançar.

Há noites em que penso demais:
no que cada palavra tua significa,
em cada último toque quando sais...
Contigo, tudo neste Mundo se simplifica.
Perco momentos a pensar
Se vai durar para sempre, ou se um dia vai acabar.
Então, choro e desespero,
pedindo para não deixares de ser meu...
Acima de tudo eu não quero
o teu Mundo longe do meu.

( Escrito na aula de BG. Dedicado a Bruno Teixeira $: )

A Fuga

Estas coisas deixam-me cansada,
Os meus olhos querem fechar..
Toda a pressão torna-me desnorteada,
parece que quero gritar.
Dói-me a cabeça incessantemente,
O meu estômago revira-se, confuso
e aqui dentro, inocentemente,
entro em parafuso.

Converso com esta folha de papel
desenho-lhe o que ela quer saber
Doce como mel,
Saboreio estas memórias, sem querer.
A caligrafia rodeia-me
A caneta desliza
A imaginação maneja-me,
sem ser clara e concisa.

Às costas, levo a guitarra
com o travessão e a palheta
Contigo ao meu lado, espero um bocado,
e fugimos deste planeta...
...Para vermos o Nunca e o Sempre
Para observar o Belo e o Amor
e enquanto isto talvez me lembre
que preciso de te viver sem temor.

Com todos estes poemas que escrevo,
Mostro ao Mundo a minha alma, com um senão:
É tanta coisa baralhada, sem relevo,
Como as linhas da palma da minha mão.
Não tenho culpa, corre-me no sangue..
Percorre o meu corpo a grande velocidade
Desde a cabeça à falange,
Absorvendo a Tristeza e a Felicidade.

(texto escrito numa aula de Matémática . Não percebo nada de funções, mt menos aquilo que a stôra diz --. $:)

domingo, 24 de janeiro de 2010

O Medo do Fim...

Queria escrever uma música mas o meu piano não concorda.
As minhas mãos deslizam pelas notas,
Mas já não se lembram como se toca.
Em vergonha, retiro-as e deixo uma lágrima escorrer;
Nas cordas da guitarra me vingo, com todo o poder.
Sem rosas nem vinho,
A inspiração vem de dentro
Mas são os acordes que tecem o meu caminho.
Da minha garganta escorrem sons e melodias
Que percorrem canção a canção
À procura de melhores dias.

O medo do sempre e do nunca
Paira no ar à minha volta;
Atiro as pautas ao chão
E aguardo por uma nota solta.
Espero que a Esperança regresse
E creio naquela frase que diz
Que a dúvida sempre espairece.
Escondo a cara nas minhas mãos,
Não deixo que me vejam assim.
O que será de mim quando a canção chegar ao fim?

Fica, fica comigo!
Amo-te mais do que tudo,
E o teu amor é o meu melhor amigo.
Mesmo que o piano chore
E que a guitarra sangre,
Nada se resolve
A menos que eu te ame.
Não me largues, não me deixes cair,
E eu prometo que não deixo o teu coração partir.
Presa a esta dúvida em segredo,
Quero-me libertar
E finalmente, sem medo,
Poder-te abraçar…

Prisão

Nesta pequena prisão,
Abafo um grito com a mão.
Um espelho observa-me, atentamente
E rindo-se de mim
Repete avidamente:
“Não há nada a fazer, tu és assim”.
As lágrimas caem
Manchando a fina linha de sanidade
A ânsia e o medo doem,
Afugentando toda a felicidade.
Uso a fúria como arma de arremesso
Junto-lhe frustração e desilusão, como se fossem pecados
Apesar da fraca força não esmoreço
E parto o espelho em mil bocados.

Sei dos meus erros, sei.
Só não sei onde este caminho me vai levar…
Porque quem me tirou daquela jaula sem lei
Depressa me poderá fazer voltar…
Dou um passo atrás
E caio num alçapão
Que força tu terás
Para me levantar, então?

Quero ter segurança,
Voltar a acreditar
Regressa, esperança,
Preciso de amar.
Presa por um fio aqui,
Não me consigo libertar.
Leva-me para ali,
É ali que eu quero estar!
Junto de quem me quer,
Esquecendo quem não me quis
Aproveitando enquanto puder,
Enquanto posso estar Feliz.
Mas que hei-de eu fazer?
O medo não me deixa em paz!
Por mais que eu não queira saber,
Estou a voltar atrás…

A inspiração vai embora
E sento-me no chão da prisão
Resignada, tento esquecer a maldita hora
Em que pensei nestas coisas sem solução…

Sem Destino Certo

À deriva neste oceano
deixo que as ondas me beijem a incerteza
com um humor tao insano
que nao consigo distinguir a beleza.
Com o meu profundo instinto
tento alcançar o teu destino...
agarrar a tua areia! nao minto:
és a minha loucura, o meu Sol, o meu desatino.

Todos os dias penso no céu e no inferno
no frio angelical, no grande temor
Um eterno Inverno
Ou para sempre calor..
Onde pertencerei?
Para onde posso ir?
Sei que errei,
Mas e quando partir?
Desejo que venhas comigo,
Quero-te a meu lado assim
És mais que meu amigo,
És um pedaço de mim...
Perco momentos a pensar,
se vai durar pra sempre
Ou se vai acabar...
Um dia talvez me lembre
De tudo o que aconteceu agora
mas nessa altura
será que já foste embora?

$:

Assombração - Parte I

 'Não quero falar do assunto' Apesar de toda a confiança Tudo regressa numa palavra Adeus à segurança Como uma assombração se volta ...